O que são métodos contraceptivos? Entenda!

    O que são métodos contraceptivos? Entenda!

    06 abr. 2022

    A verdade é que sexo seguro é muito mais gostoso! E desde 1960, década em que a pílula anticoncepcional começou a ser comercializada no Brasil, muitos métodos contraceptivos femininos e masculinos foram criados para evitar a gravidez não planejada e também Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

    Por isso, não há desculpa na hora de se proteger nem de se informar. Pensando nisso, preparamos um conteúdo especial para explicar o que são métodos contraceptivos e quais são os mais utilizados.

    Vamos lá?

    Afinal, o que são métodos contraceptivos?

    Os métodos contraceptivos, ou anticoncepcionais, têm o objetivo de evitar uma gravidez não planejada¹, impedindo a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Em suma, podem ser divididos em três tipos:

    Métodos de barreira

    Eles são removíveis e utilizados para evitar a entrada do esperma no útero. A camisinha, tanto masculina como feminina, é considerada um método contraceptivo de barreira e é a única forma realmente eficaz de prevenir as ISTs², como HPV e AIDS. 

    Métodos hormonais

    São desenvolvidos à base de progestagênio e/ou estrogênio³, dois hormônios femininos. Eles atuam inibindo a ovulação e engrossando o muco do colo do útero, dificultando assim a entrada do espermatozoide no útero.

    Métodos cirúrgicos

    É o caso da vasectomia e da laqueadura. São métodos definitivos, por isso, por conta da Lei do Planejamento Familiar, são efetuados em pessoas maiores de 25 anos e com, pelo menos, dois filhos vivos.

    Quais são os métodos contraceptivos mais usados?

    Entendeu o que são métodos contraceptivos? Agora que sabe mais sobre o tema, é hora de conhecer mais informações sobre os principais métodos usados. Confira!

    Camisinha

    Como dissemos, além de prevenir a gravidez não planejada, a camisinha é o único método comprovado para evitar a transmissão de ISTs. Tanto a versão masculina como a feminina oferecem uma proteção física que dificulta a passagem de esperma para o útero.

    A camisinha masculina deve ser usada no pênis ereto e antes do ato sexual. Já a feminina pode ser colocada algumas horas antes da relação⁴. Ambas são descartáveis e normalmente produzidas com látex natural.

    É importante destacar que, mesmo pré-lubrificado, o preservativo feminino pode ser desconfortável, especialmente se a mulher não tem costume de utilizá-lo. Por isso, vale a pena apostar na combinação de camisinha e lubrificante para diminuir incômodos.

    Confira, a seguir, algumas recomendações essenciais para usar a camisinha corretamente:

    • Abra a embalagem com as mãos, evitando o uso de dentes ou tesouras para não danificar o material;
    • Descarte a camisinha imediatamente após o uso;
    • Faça trocas do preservativo em cada relação, seja vaginal, oral ou anal;
    • Utilize apenas uma camisinha a cada relação;
    • Guarde os preservativos em um local fresco e seco.

    Existem vários tipos de preservativos, por isso, nossa dica para encontrar a melhor camisinha é simplesmente testar até encontrar o melhor modelo para você e para a pessoa que está ao seu lado, tudo bem?

    Pílula oral

    A pílula oral é um método contraceptivo hormonal muito popular, normalmente a base de progestina ou estrogênio. Ela inibe a ovulação e tem uma eficácia estimada de 91%⁵. É contraindicada para fumantes, pessoas com pressão alta e que tenham histórico de câncer endometrial, de mama ou fígado.

    E mesmo que a mulher não tenha em seu histórico médico essas doenças é essencial buscar a orientação de um ginecologista antes de começar a usar a pílula oral. Saiba que somente esse profissional pode indicar a pílula ideal para cada caso e organismo. Afinal, pode haver efeitos colaterais, como dor de cabeça, cólicas e náuseas.

    Adesivo

    O adesivo é um método contraceptivo hormonal prático e discreto, que também libera hormônios para impedir a ovulação. Ele lembra um curativo e pode ser colado pela própria mulher no braço, barriga, nádegas ou nas costas.

    O adesivo pode causar os mesmos efeitos colaterais que a pílula, por isso, também é recomendando buscar a orientação de um ginecologista antes de utilizar. Além disso, a eficácia do medicamento pode diminuir em mulheres com mais de 90kg⁶.

    Implante contraceptivo

    Trata-se de um pequeno tubo de 3mm, normalmente colocado pelo ginecologista embaixo da pele do braço, que libera pequenas doses de progesterona na corrente sanguínea da mulher. Ele interfere na ovulação e dura cerca de 3 anos.

    É um método contraceptivo de grande eficácia, no entanto, pode causar vários desconfortos⁷, como:

    • queda de cabelo;
    • aumento de peso;
    • perda da libido;
    • dor nas mamas;
    • sangramento irregular;
    • depressão.

    Dispositivo intrauterino (DIU)

    O DIU é um método contraceptivo de longa duração colocado no interior do útero pelo ginecologista. Pode ter o formato da letra T, Y, ferradura ou ômega. Ele é um método efetivo e seguro⁸ e pode ser usado por mulheres de todas as idades. Basicamente, existem dois tipos:

    • Cobre: que inibe a fecundação e mata os espermatozoides;
    • Hormonal: que libera progesterona, evitando a entrada do esperma no útero.

    Algumas mulheres podem sentir aumento no fluxo menstrual e cólicas com o DIU de cobre. Além disso, ele é contraindicado para quem tem alergia à substância. Já o DIU hormonal suspende a menstruação e, consequentemente, as cólicas.

    Ligadura de trompas uterinas

    A ligadura de trompas uterinas, ou laqueadura, é um método contraceptivo cirúrgico e indicado para casais que não desejam ter filhos em nenhum momento da vida. Consiste no corte ou bloqueio das trompas de Falópio, onde a fertilização do óvulo acontece. Existe alguma possibilidade de reversão⁹, mas as chances de sucesso não são garantidas.

    Vasectomia

    A vasectomia é a esterilização masculina. É uma cirurgia simples e segura, que corta o canal que conduz os espermatozoides do testículo até as glândulas que formam o esperma. O esperma, aliás, continua sendo produzido, mas sem espermatozoides. Reverter o procedimento¹⁰ é possível, mas, assim como na laqueadura, as chances de sucesso variam.

    Este foi nosso conteúdo sobre métodos contraceptivos! Como pode conferir, algumas opções têm efeitos colaterais e outras são contraindicadas em algumas situações. Por isso, lembre-se de que é fundamental buscar atendimento médico especializado para achar o método mais interessante para você e a pessoa que está ao seu lado, tudo bem?

    Agora que está por dentro do assunto, aproveite para compartilhar este post nas redes sociais! Assim, você ajuda mais pessoas a terem experiências sexuais gostosas e seguras.

     

     

    Referências:

    ¹ Ministério da Saúde

    ² Ministério da Saúde

    ³ Milena Bastos Brito et al., Contracepção hormonal e sistema cardiovascular, Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2011

    Ministério da Saúde

    Clínica Ayrosa Ribeiro

    Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

    Hospital Albert Einstein

    Luiz Carlos de Almeida, Métodos contraceptivos: uma revisão biológica, UFMG, 2010

    Projeto Girassol Medicina Reprodutiva

    ¹⁰ Sociedade Brasileira de Urologia